A elaboração de um programa de
treinamento sempre será realizado com base em uma perfeita identificação e
interpretação das necessidades reais de treinamento.
Para definirmos com exatidão o que
faremos no treinamento, será fundamental identificarmos os seguintes pontos:
Publico-alvo: a correta
identificação e análise da população que será atingida pelo programa, garantirá
um percentual do sucesso do treinamento. Isto porque, um treinamento voltado
para os técnicos, não poderá ser o mesmo utilizado para os gerentes e
vice-versa.
Objetivos: É o que se
pretende alcançar com um programa de treinamento. Hoje quando as empresas
passam por dificuldades financeiras o primeiro corte de verbas é realizado na
área de treinamento. Isto se dá porque os resultados concretos obtidos em um
programa de treinamento, não são fáceis de se alcançar e de demonstrar, por
isso temos que definir os objetivos com algumas características essenciais:
·
Desempenho
final a ser alcançado (elaborar folha de pagamento);
·
Um
período determinado (mensal);
·
Padrão
de satisfação (sem erros).
Desta forma os objetivos serão
facilmente atingidos com a realização do treinamento.
Definição dos temas: ao se
estabelecer os objetivos a serem alcançados, podemos definir quais temas serão
abordados e quais assuntos serão levantados dentro deste tema, para melhor
atingir os resultados.
Metodologia: é a forma
utilizada para o desenvolvimento do programa de treinamento. Levando em
consideração as necessidades estabelecidas pelo cliente, será possível escolher
a metodologia a ser utilizada. Vejamos os métodos mais utilizados:
·
Sala
de aula: esta é a metodologia mais utilizada, e uma das mais ricas e
eficientes, pois exige a presença constante de um instrutor, onde técnicas
farão com que os treinandos possam trocar e vivenciar as experiências
ocorridas. O sucesso deste método depende além das necessidades desta reunião,
da preparação e das qualificações do instrutor.
·
Treinamento
à distância: é muito utilizado quando os treinandos possuem dificuldades de se
reunir em um mesmo local. Neste caso são elaboradas apostilas e testes cuja as
respostas encontram-se no próprio material de estudo.
·
Internet: a grande rede nos coloca em
contato com o mundo inteiro sem levar em consideração a distância. Citaremos
alguns recursos da Internet que facilitará o aprendizado do treinando: E-mail
(o treinando recebe o conteúdo da aula pelo correio eletrônico e se comunica,
com o instrutor), Boletins e Fóruns Eletrônicos, Dowloading (baixam no seu
computador programas, documentos, tutoriais ou softwares que o auxiliará no
treinamento), Tutoriais Interativos, Conferências em tempo real, Salas de
bete-papo entre outros recursos.
·
No
local de trabalho: é utilizado quando o treinamento é aplicado a um publico-alvo onde
haja a necessidade de utilização de instrumentos e máquinas existentes somente
no local de trabalho.
“A respeito desse treinamento, McGehee faz as seguintes considerações: do ponto de vista da aprendizagem, o método permite ao treinando praticar naquilo que compreende o seu trabalho real [...] Porém, as razões econômicas podem não estar conformes ao método. O uso, pelos treinandos, dos equipamentos e instrumentos da própria produção pode ser tal que se suponha uma ampla perda econômica” .
Processos e técnicas: “Vários
fatores do treinamento podem influir na escolha da técnica, tais como nível do
treinando, forma do treinamento, tipo de necessidades, duração dos cursos,
recursos humanos e materiais, condições físicas e ambientais” 7. Para que a
técnica utilizada seja de grande proveito, deverá ser criativamente adaptada
para a realidade local.
Vejamos agora quais são as técnicas
mais utilizadas:
·
Conferências
ou palestras: exposição oral sobre um assunto para um grande número de
participantes, sendo mínima a interação com o palestrante.
·
Estudos
de caso: os participantes são levados a participarem dando suas opiniões
sobre como solucionar um problema exposto em um caso, que possui
características quase reais.
·
Dramatizações: os participantes assumem papéis
de atores e representam uma situação determinada, proporcionando a reflexão
sobre o tema.
·
Dinâmica
de grupo: é uma atividade que conduz ao grupo a um debate sobre o tema
central da dinâmica, bem como, leva ao grupo a um processo de mudança. Para o
total aproveitamento da dinâmica o instrutor deverá seguir os seguintes passos:
1.
Vivência: as atividades individuais ou em grupo;
2.
Relato: o início do debate;
3.
Processamento: é a parte em que o instrutor se aprofunda no tema da dinâmica;
4.
Generalização: o instrutor estabelece uma relação entre a atividade da dinâmica
e a vida;
5.
Aplicação: permite compreender o uso desta dinâmica, ou sejam, onde será
aplicada na vida real.
·
Jogos
de empresas: é uma ferramenta onde sua principal função é de simular uma
situação onde os grupos recebem e aceitem um desafio que representem uma ou
diversas funções da organização. Para a realização do jogo são estabelecidos um
sistema de pontuação, regras, papéis e cenários. A equipe que terminar com o
maior número de pontos, se consagra a vencedora. Em seguida inicia-se a
discussão sobre os pontos principais do jogo.
Tendo escolhido a metodologia a ser
desenvolvida e as técnicas a serem utilizadas, o instrutor poderá contar com
recursos didáticos que servem para esclarecer uma demonstração, motivar o grupo
para uma reflexão e favorece a memorização dos assuntos apresentados. Vejamos
agora quais são os recursos mais conhecidos:
·
Vídeo cassete/televisor: servem para reforçar um assunto apresentado ou
trazer a tona uma situação impossível de ser realizada em sala de aula. O tempo
deve ser levado em consideração, pois um filme ou um documentário muito longo
poderá desmotivar os treinandos.
·
Gravador/Aparelho de som: utilizado em treinamentos de idiomas, em
exercícios de relaxamento onde podem tocar música ou reproduzir textos
gravados.
·
Cartazes: ótimo para que os treinandos memorizem os pontos principais do
treinamento, bem como, serve para fixação de imagens.
·
Retroprojetor/Transparência: devem ser utilizados para destacar os pontos
chaves do conteúdo a ser abordado. Não convém exagerar na quantidade de
informações expostas, e o número de transparências apresentadas deve ser
limitado.
·
Apostilas: são distribuídas aos treinandos informando o conteúdo do
programa de treinamento.
·
Quadro negro: ficam afixados na parede onde o treinador pode escrever em
sua superfície a íntegra do assunto a ser tratado. Utilizado nas tradicionais
salas de aula.
·
Flip-chart: serve para que o treinador destaque os pontos essenciais do
assunto a ser tratado. O fato de rever os pontos a qualquer hora o diferencia
totalmente do quadro negro, que ao ter a mensagem apagada, se torna impossível
mostrá-la sem escreve-la novamente.
·
Computador: pode ser utilizado como substituto de vários recursos como:
quadro, retroprojetor, televisão entre outros.
Plano de aula: Com todas as
etapas anteriores preenchidas deve-se elaborar um plano de aula. Este é um
instrumento que irá auxiliar o instrutor na realização do treinamento. No plano
devem conter as seguintes informações: tema central do treinamento, assuntos a
serem abordados, horários, técnicas e recursos didáticos.
Tempo e custo: Devemos levar
em consideração estes dois fatores antes de terminarmos a elaboração de um
programa de treinamento.
O tempo deve ser determinado a partir
das necessidades e características do cliente e do publico-alvo, assim como a
importância do tema a ser abordado. O mau planejamento do tempo pode causar a
perda de informações essências no termino do programa.
O custo deve ser levado em
consideração, e este deve ser confrontado com os benefícios que o treinamento
irá proporcionar ao cliente.
Podemos identificar como custo os
seguintes pontos: salários dos instrutores ou consultores externos, despesa com
local, refeições, passagens, estadias, materiais, entre outros.
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